Mais de 28 milhões de brasileiros trabalham no agro em 2024, setor bate recorde histórico e mostra sua força no país
O agronegócio brasileiro bateu um novo recorde em 2024: mais de 28 milhões de pessoas estão empregadas no setor. Isso significa que cerca de um em cada quatro trabalhadores no Brasil atua direta ou indiretamente no agro. Os dados foram divulgados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), por meio do mais recente Boletim do Mercado de Trabalho do Agronegócio Brasileiro.
Esse é o maior número já registrado desde o início da série histórica, em 2012. Em relação a 2023, o agro cresceu 1% no total de ocupações, o que representa 278 mil novos empregos. E mais: esse avanço é reflexo de um setor que não para de se transformar, se modernizar e incluir cada vez mais pessoas em suas diversas áreas de atuação.
Agro é muito mais do que só o campo
Quando pensamos em agronegócio, é comum imaginar lavouras e fazendas. Mas o agro vai muito além disso. Ele movimenta uma cadeia gigantesca de serviços, indústrias, transportes, comércios e tecnologia. E foi exatamente o setor de agrosserviços que mais cresceu em 2024, com um aumento de 337 mil empregos, ou seja, 3,4% a mais que no ano anterior.
Esses agrosserviços englobam atividades como transporte de grãos, armazenagem, distribuição, comercialização e consultorias técnicas, todas essenciais para fazer o agro girar. Outro destaque foi a agroindústria, que cresceu 5,2% e gerou mais de 231 mil vagas, impulsionada principalmente pela expansão da produção e processamento de alimentos.
Até mesmo o setor de insumos agropecuários, como fertilizantes, sementes e defensivos agrícolas, teve crescimento, com mais de 10 mil novos empregos e um aumento de 3,6%.
Onde o emprego está crescendo de verdade?
Dentro da agroindústria, alguns segmentos se destacaram com números impressionantes. Só para você ter uma ideia:
• O abate de animais gerou 43.760 novas vagas (alta de 7,2%);
• A produção de massas e alimentos diversos cresceu 10,4%, com 40.617 novos empregos;
• A indústria de móveis de madeira, ligada ao uso sustentável de recursos do campo, contratou 32.167 pessoas (alta de 6,6%);
• Já o setor de moagem e produção de amidos teve uma alta de 14,6%, somando 22.588 novas vagas.
Esses números mostram que o agro é muito mais do que a produção no campo: ele é uma rede complexa e interligada de atividades, que começa no plantio e vai até o produto final que chega à sua mesa.
Um agro mais qualificado e com mais mulheres
Outro ponto importante apontado pelo estudo do Cepea é a mudança no perfil dos profissionais do agro. A participação de trabalhadores com maior escolaridade vem crescendo, o que indica um setor que busca cada vez mais inovação, tecnologia e qualificação.
Além disso, o número de mulheres no agro também segue aumentando. Elas estão cada vez mais presentes em áreas técnicas, administrativas e até no comando de propriedades e empresas do setor. Essa diversidade tem sido fundamental para o desenvolvimento sustentável e moderno do agronegócio brasileiro.
O agro não para de crescer
O que os números de 2024 deixam claro é que o agro é, sim, um motor do desenvolvimento nacional. Ele gera renda, movimenta a economia e, principalmente, abre portas para milhões de brasileiros. Seja no campo, nas indústrias ou nos serviços, o agro oferece oportunidades para quem quer trabalhar, empreender e transformar a realidade ao seu redor.
Com um cenário cada vez mais tecnológico, sustentável e inclusivo, o agronegócio tem tudo para continuar crescendo. E, junto com ele, cresce também o número de brasileiros com mais qualidade de vida, renda e perspectivas no mercado de trabalho.