As exportações brasileiras de algodão e café registraram desempenhos expressivos em janeiro de 2025, consolidando a posição do país como um dos principais fornecedores globais desses produtos. Enquanto o algodão atingiu um volume recorde de embarques para o mês, o café se destacou pelo crescimento significativo na receita cambial, impulsionado pela valorização dos preços internacionais.
Exportação de algodão cresce 66% e atinge novo recorde
O Brasil exportou 415,6 mil toneladas de algodão em janeiro, registrando um aumento de 66% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse volume representa um recorde para o mês e reflete fatores como:
• Safra volumosa: O aumento da área plantada e boas condições climáticas favoreceram a produção.
• Forte demanda asiática: Países como China, Vietnã e Bangladesh ampliaram suas compras.
• Câmbio favorável: A valorização do dólar frente ao real incentivou a comercialização externa.
Com a colheita da safra 2024/25 em andamento e expectativas de ampliação da área plantada, analistas do setor acreditam que novos recordes podem ser alcançados nos próximos meses. A tendência de crescimento também é impulsionada pelo aumento da competitividade do algodão brasileiro no mercado global.
Café tem leve queda no volume exportado, mas receita dispara
No setor cafeeiro, o Brasil exportou 3,977 milhões de sacas de 60 kg em janeiro, registrando uma queda de 1,6% no volume em comparação ao ano anterior. Apesar disso, a receita cambial disparou, atingindo US$ 1,316 bilhão, um aumento expressivo de 59,9%.
Esse crescimento foi impulsionado pela valorização dos preços internacionais do café, reflexo da combinação entre oferta limitada e demanda aquecida nos principais mercados consumidores. O café arábica permaneceu como a principal variedade exportada, enquanto os cafés solúveis e torrados apresentaram aumento expressivo nos embarques.
Os principais destinos do café brasileiro incluíram:
• Estados Unidos
• Alemanha
• Itália
• Japão
Além disso, houve um crescimento significativo nos embarques para Vietnã e Indonésia, reforçando a diversificação dos mercados compradores. Outra tendência importante foi a expansão dos cafés diferenciados, que contam com certificações de qualidade e sustentabilidade, representando mais de 25% das exportações do setor.
Infraestrutura logística impulsiona exportações
Os portos brasileiros desempenharam papel fundamental no escoamento da safra. Santos manteve-se como o principal ponto de exportação para o café, enquanto os embarques de algodão se beneficiaram de condições logísticas mais favoráveis, reduzindo custos e otimizando a movimentação de cargas.
O cenário favorável às exportações brasileiras se deve, em grande parte, a fatores como câmbio atrativo, demanda internacional aquecida e colheitas robustas. Para os próximos meses, as expectativas seguem otimistas, especialmente diante da possibilidade de novos recordes nas safras e da manutenção da forte presença do Brasil no mercado global de commodities agrícolas.