Um pecuarista no Pantanal está sob escrutínio intenso após ser acusado de desmatar uma área impressionante de 80 mil hectares para expandir pastagens, resultando em uma multa histórica de R$ 5 bilhões.

A investigação revelou que o suspeito, proprietário de 11 fazendas na região, teria dedicado três anos à devastação da mata nativa, visando criar pastagens para seu gado. A magnitude do dano equivale à área da cidade de Campinas, em São Paulo.

Uma tática notável empregada pelo pecuarista foi o lançamento aéreo de agrotóxicos sobre a vegetação preservada. Segundo relatos, foram utilizados 25 tipos diferentes de herbicidas, incluindo o 2,4-D, uma composição similar ao agente laranja, notório desfolhante químico empregado pelos Estados Unidos durante a Guerra do Vietnã.

A dispersão dos agrotóxicos pelos ventos afetou áreas em um raio de até 30 quilômetros, causando danos significativos à fauna e flora locais. Peritos confirmaram a contaminação do solo, vegetação e água, classificando os produtos como altamente perigosos para o meio ambiente.

A promotora de Justiça Ana Luiza Peterlini enfatizou a gravidade dos crimes ambientais atribuídos ao pecuarista, incluindo o uso indevido de agrotóxicos, desmatamento de áreas protegidas e poluição ambiental decorrente da destruição da flora.

Enquanto as investigações prosseguem, o suspeito enfrenta multas exorbitantes, totalizando quase R$ 5 bilhões. Além disso, ele será responsável por custear a recuperação ambiental do Pantanal, acrescentando mais de R$ 2 bilhões e 300 milhões aos custos. Enquanto isso, suas propriedades serão administradas por uma empresa designada pela justiça, refletindo a magnitude desse crime ambiental de proporções épicas.