Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a contabilização dos danos ainda está em andamento, mas já é evidente a deterioração da qualidade das colheitas.

As lavouras de trigo, que aguardam a colheita, foram particularmente afetadas, com uma queda acentuada nas condições de 65% para 42% em apenas uma semana. As chuvas excessivas resultaram na reclassificação da maioria das áreas de boas para condições médias, que agora representam 44% do total. Além disso, a parcela classificada como ruim subiu de 5% para 14%. Esses números sugerem a possibilidade de uma revisão para baixo da previsão inicial de 3,86 milhões de toneladas.

A colheita do trigo, apesar de avançar de 84% para 89% da área plantada, foi comprometida pela má qualidade das colheitas, atribuída em grande parte às chuvas persistentes e intermitentes.

A soja e o milho, que estão na fase inicial de plantio, também enfrentaram desafios devido às condições climáticas adversas. A soja, em geral, mantém 92% das lavouras em boas condições, com 7% em condições médias e 1% em condições ruins. Já o milho, plantado antes da soja e concentrado na região sul do estado, foi mais impactado pelas chuvas, com 83% das áreas mantendo boas condições, 15% com condições medianas e 2% em condições ruins.

O setor agropecuário do Paraná está atento às consequências dessas chuvas acima da média, e os agricultores estão adotando medidas para minimizar os prejuízos e recuperar a produtividade nas próximas safras. Acompanharemos de perto a evolução desta situação e seus reflexos no mercado regional.