Uma das principais tendências do agronegócio é a crescente demanda por alimentos saudáveis e sustentáveis. Isso pode levar a uma maior produção de alimentos orgânicos e ao aumento da utilização de técnicas de produção mais sustentáveis. Além disso, o avanço da tecnologia também pode trazer novas soluções para a produção agrícola, como a utilização de drones e sistemas de agricultura de precisão.

Outra tendência é o aumento da exportação de produtos agrícolas para outros países, o que pode gerar novas oportunidades de negócio para os produtores. No entanto, é preciso levar em consideração os desafios enfrentados pelo setor, como a variação dos preços dos produtos, os efeitos das mudanças climáticas e a concorrência.

Veja a seguir outras projeções para o próximo ano.

IPEA prevê crescimento de 10,9% no PIB
A primeira e grande projeção para o agronegócio em 2023 diz respeito ao Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o PIB deve crescer 10,9% em 2023.

Essa é uma ótima notícia para os produtores e empresários do setor. Especialmente após o órgão ter projetado um crescimento nulo do PIB do agronegócio para 2022 e essa mesma projeção ter passado por reajuste. Vale lembrar que esse reajuste ocorreu devido às quedas na soja e no milho, além da alta nas produções de café, suínos, bovinos e aves.

Safra recorde de grãos
Se a projeção para o agronegócio em 2023 é de que o PIB do setor aumente 10,9%, isso se deve especialmente à expectativa de recuperação da produção de soja. Muito impactada em 2022, ela deve ser a grande precursora do crescimento projetado pelo IPEA. Mas ela não é a única. Outras produções, como a cana-de-açúcar, milho, bovinos e suínos merecem destaque.

Com relação aos números oficiais, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) espera uma safra recorde em 2023, com expectativa de 308 milhões de toneladas de grãos. Além disso, o Valor Adicionado (VA) da produção vegetal deve passar de 0,9% negativo em 2022, para 13,2% em 2023. Em compensação, o VA da pecuária deve variar menos, indo de 2,9%, para 3,1%.

Armazenamento, transporte e desperdício
Para que o agro continue crescendo, especialmente no que diz respeito às exportações, o setor deve ter um cuidado especial com o desperdício durante toda a cadeia produtiva. Em 2023, devem ser implementados esforços para garantir que não ocorram desperdícios durante a colheita, o transporte, o armazenamento e a comercialização dos insumos.

Além disso, também é esperado que haja melhores práticas para garantir a qualidade e o bom estado dos insumos. Afinal, boa parte da produção do setor é destinada ao ramo alimentício.

Segurança alimentar
E por falar em alimentação, o aumento do número de habitantes do planeta faz com que o Brasil reafirme seu protagonismo com relação à segurança alimentar mundial. O país já é referência em termos de qualidade de produção, produtividade e tecnologia. Mas, a partir de novas estratégias e tecnologias, a projeção para o agronegócio em 2023 é de que o cenário melhore ainda mais.

Inflação pós-pandemia
A pandemia segue causando alguns efeitos na economia. Um exemplo disso é que muitas empresas têm buscado trazer os insumos para locais mais próximos. Mas, o fator que mais demanda atenção em 2023 é a inflação.

Apesar de ter sido impulsionada pelas mudanças da geopolítica mundial, causadas principalmente pela guerra entre Rússia e Ucrânia, a expectativa é de que o pior cenário já tenha passado. Para o próximo ano, a projeção é de que a inflação dos alimentos siga em queda, principalmente das carnes.

Vale ressaltar que as exportações continuam sendo decisivas para o crescimento do setor e o PIB brasileiro.