Foi publicado pelo IBGE no último dia 11, dados de abate de suínos do terceiro
trimestre do ano, que evidenciaram a desaceleração do ritmo de crescimento da
produção. No acumulado do ano (janeiro a setembro de 2022) o crescimento foi de 5,7%
(+ 209 mil ton) em relação aos primeiros 9 meses de 2021.
Mantidas as médias dos 3 trimestres, o ano de 2022 deve fechar com a produção de 5,17 milhões
de carcaças suínas, 274 mil ton a mais que 2021 (aumento de 5,59%).
As exportações de carne suína in natura em outubro de 2022 totalizaram pouco mais de
90 mil ton, recuando em relação ao mês anterior, mas superando os volumes do mesmo período
de 2021. No acumulado do ano, o déficit de embarques é de 4,4% em relação ao período
de janeiro a outubro de 2021.
Os volumes exportados para a China, maior importador da carne suína brasileira, recuaram no acumulado do ano em cerca de 10% comparado ao mesmo período de 2021 e 2020, representando 41,23% dos embarques.
O cenário de alta no preço da carne está associado à redução de matrizes na China, impactando a produção local, o volume de importação e os preços.
Tanto o viés de alta dos preços externos, como os primeiros dados de embarques de novembro são indicativos de que o ano deve terminar com volumes exportados muito similares ao ano passado, recuperando o atual déficit já citado.
Por outro lado, como a produção deste ano está maior que 2021, a disponibilidade interna mais uma vez cresceu e limitou a elevação dos preços pagos ao produtor brasileiro.