No ramo de pequenos negócios de chocolate, a classificação das amêndoas de cacau é uma etapa crucial para o controle de qualidade. A técnica tradicional é feita por um profissional que analisa visualmente cada uma das amostras num período de uma hora, em média, por lote.
Um novo sistema foi desenvolvido pelo Centro de Inovação do Cacau (CIC), na Bahia, que garante reduzir o tempo em mais de 50% com classificador automático. A ferramenta identifica características das amêndoas relacionadas à forma, cor, textura, densidade e anomalias como mofo e insetos.
Baseado em machine learning (aprendizado de máquina), o equipamento GroundEye S já era usado para detectar defeitos em grãos como soja, arroz, feijão e milho. Após adaptações no CIC em parceria com a empresa de tecnologia para o agronegócio TBIT, foi possível desenvolver um software para o cacau.
No quesito agilidade, a máquina trouxe grande vantagem. No modelo tradicional, um lote com 300 amêndoas, eram cortadas ao meio e analisadas uma a uma, levava cerca de 1 hora e 20 minutos para serem classificadas. O CIC recebe 160 amostras diariamente e tem prazo de até 10 dias para entregar o resultado.
Com o equipamento, o processo é feito em menos de 20 minutos, já considerando o corte que segue manual. O classificador automático oferece precisão, pois elimina o viés humano, e agiliza as negociações para pequenos produtores, que terão o resultado das análises em menos tempo.