2020 foi um ano de grandes oportunidades para o agronegócio brasileiro, o setor que mais cresce no país contribui anualmente com a geração de impostos, empregos e matéria prima. A indústria do agro vem melhorando seus números a cada ano e permitindo que mais investidores sejam adeptos ao setor, e assim, contribuindo para que as inovações e crescimento não parem.
Além de que diante de uma pandemia o setor se mostrou forte e essencial. E não é por menos que as ações de commodities vêm ganhando destaque no mercado financeiro.
PIB do agronegócio
Segundo o CNA (Conferência de Agricultura e Pecuária do Brasil) o agronegócio fechou 2020 com alta de 9% no PIB, somando 1,75 trilhões de reais. Números além das expectativas para o setor. Resultado do cenário favorável para exportação, o Brasil conseguiu atender as demandas nacionais e internacionais.
A expectativa para este ano é que o PIB do agro seja igualmente relevante, visto que as condições econômicas permanecerão as mesmas para 2021. Favorecidos pela alta do dólar, o setor é responsável pela exportação para mais de 160 países.
Diante destas circunstâncias o agronegócio será o setor que puxará a retomada da economia no Brasil. Mostrando-se forte e relevante para o dia a dia das pessoas. O agro está em tudo, desde os alimentos até a indústria têxtil, sua matéria-prima serve como base para muitos outros produtos. Portanto é o setor que contribui ativamente para que a economia gire no país.
Influência dos fenômenos naturais e da exportação
Mesmo diante de resultados tão satisfatórios há preocupações com as safras de 2020/21. Ano passado o fenômeno La niña, responsável por resfriar a superfície do Oceano Pacífico, influenciou a mudança do clima dos EUA e Brasil, os dois grandes produtores de soja e milho.
Esta mudança provocou as queimadas tanto no Pantanal brasileiro quanto nas florestas da California. Deixando o clima mais seco e diminuindo a ocorrência de chuvas, prejudicando as safras.
Com o aumento da demanda por soja, sendo a China uma das principais compradoras, o preço da commodity disparou. Resultado da lei da oferta e da procura. O fenômeno natural prejudicou a quantidade de soja no mercado, principalmente no dos Estados Unidos.
Portanto, o Brasil se encarregou da responsabilidade de suprir as demandas exteriores pelo produto. Conseguindo com êxito. O que garantiu o crescimento do setor, visto que a alta do dólar favoreceu as negociações.
Para 2021 as projeções seguem parecidas, as mudanças climáticas influenciam negativamente a atividade do agronegócio. Antes de planejar uma safra leva-se em consideração o local e as condições climáticas deste, para analisar o que é mais vantajoso plantar. Mas em eventos atípicos não há muito o que fazer.
Como o fenômeno ainda é uma realidade, e há a possibilidade dos grãos não se desenvolverem por completo no tempo certo. Prejudicando a próxima safra de milho, que é planejada logo após a colheita da soja. Como as vendas das safras são feitas no começo do plantio, há enorme expectativa para a colheita.
O aumento da demanda no mercado, traz consigo a influência em demais setores, pois a soja serve como matéria-prima base para muitos produtos, além de servir de alimento para os bovinos. E, se faltar, pode prejudicar o setor da pecuária pelo mundo, por isso a grande procura pelos grãos, sendo a China a maior interessada na commodity.
Decorrente dos efeitos nos EUA que prejudicou as safras, e a necessidade do Brasil em suprir o mercado. O preço da soja tende a ser muito favorável para o mercado brasileiro, visto que a projeção do dólar ainda está na casa dos R$5. Sendo assim, 2021 continuará sendo um bom ano para a exportação, principalmente com as expectativas de que o preço da soja chegue a U$13.
Um ano de grandes expectativas
Portanto, 2021 segue como um bom ano para o setor do agronegócio brasileiro. Há uma perspectiva positiva para o PIB do agro, e sua influência na retomada da economia brasileira. O setor segue firme e pronto para atender as demandas internas e externas. Mas não será tão fácil atingir os resultados positivos, visto que o clima e os fenômenos naturais são responsáveis pelo sucesso das safras.