No sul do Estado, que também cultiva o cereal, as precipitações devem ser mais moderadas, não ultrapassando os 17 mm até domingo, ainda de acordo com o serviço meteorológico da Thomson Reuters.

Na semana encerrada nesta terça-feira, o Paraná colheu 1 por cento da área cultivada de 955 mil hectares, segundo o Deral. As atividades de campo foram registradas nos municípios de Apucarana, Cornélio Procópio, Londrina e Maringá.

Na avaliação de Godinho, as chuvas até deram uma "aliviada no déficit hídrico" e devem limitar as perdas, mas não reverter o cenário de quebra de produção após a seca desde junho e as geadas no mês passado.

"O que foi perdido, foi perdido. Mas a chuva interrompeu o processo de não enchimento das plantas. Agora voltou a encher, as plantas vão encorpar", destacou.

O Paraná previa colher mais de 3 milhões de toneladas de trigo neste ano, mas após as adversidades climáticas deve colher menos de 2,8 milhões de toneladas.

Os problemas no Estado, inclusive, levaram a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a reduzir sua projeção para a safra nacional de trigo, de 5,57 milhões de toneladas estimadas em julho para 5,19 milhões de toneladas no levantamento de agosto.

Uma avaliação mais precisa sobre o tamanho da produção --e também das perdas-- deve ser divulgada no fim do mês pelo Deral, em meio ao avanço da colheita, afirmou Godinho.

Por ora, os preços da saca do cereal no Estado oscilam entre 35 e 36 reais, estável em relação aos das últimas semanas, com o mercado à espera de mais informações sobre a qualidade do produto colhido, concluiu o agrônomo.


Fonte: Reuters